Downloads!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

*Capitulo 5!*





Três meses passados e o Outono estava no seu pico em Sunlit Tides. 

Numa manha, o velho pescador avisa a sua filha que o veleiro onde viajava Salvador está de volta. Marta não tinha recebido mais noticias de Salvador, mas confiava cegamente no silêncio daquele amor. Há palavras que não são necessárias. Ele estava de volta, que mais importa?



Marta espera-o com uma gravidez de 3 meses - pouco se nota, mas usa roupas largas - e um sorriso.



 Ao ver o veleiro aproximar-se acena fortemente!



É Guilherme o primeiro a ir ao encontro de Marta.
- O Salvador? - Marta está angustiada.
- Não sei como te diga - Guilherme finge consternação.
- Aconteceu-lhe alguma coisa? 
- Morreu num acidente em Nova Iorque...



- Morreu! - exclama Marta estupefacta. 
- Uma estupidez...
- Não acredito, não é verdade, ele não pode ter morrido.
- Quando nos deram a noticia, também não acreditamos. Esta viagem tem sido um martírio.


Marta agarra-se aos braços de Guilherme, desesperada:
- Ele não pode ter tido um acidente, não me pode ter deixado, não faz sentido...por amor de Deus, diga-me que ele não morreu...



- Infelizmente para todos nós, morreu, tenho muita pena...



Guilherme vira as costas, deixando Marta a olhar para o mar, que se confunde com as lágrimas que lhe correm pela face.



Marta entra em casa num vale de lágrimas, abraçando o velho pescador. 
- Ele morreu, pai.
- Ó minha filha, ó minha querida filha...
- Nem chegou a saber que ia ser pai.




- Eu tomo conta desse bebé, como se fosse pai dele.
- É impossível amar um homem como eu amei o Salvador...O que vai ser da minha vida?




- Eu sei o que é perder um ente querido...Vais ter um bebé maravilhoso, pensa nele!
Marta chora nos braços fortes do pai.




Todos os dias da sua gravidez, Marta olha o mar em busca de uma resposta. Mas o silêncio do amor torna-se insuportável. 




Grávida de 7 meses, quer atirar-se do Vulcão de Sunlit, para pôr fim a tudo. O seu olhar perde-se na visão do mar. Dali já podia atirar-se...O vulcão, o mar, e o desespero de Marta. Ela amava demais Salvador para ter a criança sem ele. 



Era como se o vulcão tivesse espalhado as cinzas do Salvador. Ela e a filha pertenciam àquele pó. Abeira-se mais do precipício decidida a juntar-se ao que julga ser as cinzas de Salvador.



O pai surge por trás dela a tempo de a impedir de saltar.
- Marta, Marta!...Marta...Não te atires, Marta! Não faças nenhuma loucura filha.
- Eu quero ir ter com o Salvador...Ele é o pai da minha filha...Olha em volta, pai, é o fim, a morte...
- Não filha...É certo que são as cinzas do vulcão...mas tudo nasceu da lava dos vulcões. Eles foram o começo de tudo. Deste pó nasceu a beleza da nossa ilha...


Augusto põe a mão na barriga de Marta.
- ...como do teu ventre vai nascer uma nova vida, filha de muito amor, filha deste imenso mar. E vai ser bela como as nossas encostas. É a vida que vem aí, filha, a morte já ficou para trás....



Marta abraça-se a Augusto:
- Pai...pai...
- Não fales mais agora. Vem comigo.




E os dois descem, vencendo o pó, e deixando uma grande esperança no imenso mar...


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Família Valadas e Barquinho para Download!


Olaaa! :)

Hoje vim aqui para colocar para download a Família Valadas e a Família Barquinho!

Espero que gostem! Até ao próximo capitulo que sairá na 4ª feira!
Beijinhooos


http://www.mediafire.com/?82uwttdm3a92tem




Família Barquinho!

http://www.mediafire.com/?rdzij2x653agvia



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

*Capitulo 4!*




Naquela noite, uma tempestade assola a costa de Sunlit Tides. 




Marta está em casa com o pai e vê na televisão, com o coração apertado, as noticias sobre o temporal. O pivô do telejornal relata:

- Notícia de última hora: acaba de nos chegar a informação de que um veleiro português se encontra no meio da tempestade. O último contacto que ocorreu foi um desesperado pedido de socorro da embarcação … Soubemos também que a bordo viajam 3 amigos mais o arrais, a caminho dos Estados Unidos. 



- É o Salvador – angustia-se ainda mais Marta.
- Tem calma, filha – diz o pai, desligando a tv.
- Estou com medo, pai.
- Quantas vezes, quando íamos para a faina, não perdíamos nós o contacto no meio do temporal, lembraste?
- Eu bem via o que a mão sofria aqui…
- Não lhe vai acontecer nada, vais ver – conforta-a o pai.
- Já viste como está o mar?
- Assim como a tempestade veio, também vai.
- Estou toda a tremer pai.




- Abraça-te a mim, filha, como quando eras bebé.
Marta aninha-se no colo do pai, que tem o cheiro vivo do mar salgado.
- Eu amo tanto o Salvador…e pai…



- Diz filha, fala.
- Eu…estou grávida dele…


- Grávida, filha?!...
- Desculpa, pai, não te queria magoar…
- Mas vocês conheceram-se há pouco mais de dois meses…tens a certeza? – o pescador esta perturbado.
- Eu sou médica, pai.
- Ele sabe?
- Não…só lhe ia dizer quando ele voltasse. E os primeiros 3 meses de gravidez são sempre uma incerteza….Pai, eu não te queria magoar, ele foi o meu primeiro homem.
- Como é que pudeste fazer isso, filha, o que se passou na tua cabeça? O que é que a tua mãe iria pensar…


Augusto prepara-se para sair.
- Pai, pai, onde vais?
- Magoaste-me muito, Marta.
Augusto sai, deixando Marta ainda mais desesperada.



O duro pescador sente-se ferido. Vai ver as ondas a embaterem nas rochas, o vento que assobia e lhe corta a pele enrugada do rosto, a espuma das ondas que mais parece salpicos de raiva. O pai do seu neto podia estar a ser engolido pela violência do mar. A sua filha ama-o sem reticências. Uma estranha brisa trespassa-lhe o coração. Marta não foi leviana. Amou, amou até às profundezas da sua alma e precisa de um abraço paterno para suportar a angústia da tempestade. 



Já ao raiar do Sol, Augusto regressa a casa e abraça a filha. Com esse abraço vem a boa nova: o veleiro onde ia Salvador não tinha naufragado. Ele escreve-lhe depois um telegrama:




“Tu és a bonança do meu coração, estou vivo!”





Olaaa! :D
Como prometido aqui estou eu com um novo capitulo! Isto de haver feriados durante a semana é muito booom! Espero que o vosso Carnaval tivesse corrido da melhor forma!

Espero também que estejam a gostar de A Filha do Mar! Estarei de volta na 4ª feira com um novo capitulo! Beijinhos e até la!
Riii! :')

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

*Capitulo 3!*






Naquele dia, sob o olhar atento do mar azul, o veleiro prepara-se para partir de Sunlit Tides. Tutas bebe uma cerveja, o arrais aproxima-se de Salvador e Guilherme e diz:





- Está na hora de zarpar.
- Só quando ela chegar! - afirma Salvador, com um brilho no olhar.
- Eh pá, Salvador, são mais do que horas de nos pormos a andar! - resmunga Guilherme.
- Não vou sem me despedir da Marta. - Salvador é firme. 
- Não vez que o Silvestre se quer pôr ao largo antes de cair a noite? - insiste Guilherme.
- Nem que fique em terra, não saio daqui sem a abraçar! 
- Vais ver que ela teve uma urgência no hospital.
Tutas ergue a garrafa e interrompe:
- Ainda dá para beber mais uma!
- Só me faltava mais este - resmunga Guilherme.
- Ó menino Tutas, faz-se tarde - preocupa-se o arrais.



- Ela vem aí! - anuncia Salvador.



 Marta corre em direção ao amado, entre raios de sol, com roupas de cores suaves e um sorriso aberto.





Salvador envolve-a num abraço apertado. 
- Amo-te Marta!
- Também te amo Salvador! 
- Tu foste a melhor coisa que me aconteceu na vida.



Os dois beijam-se - e que beijo! Deixam as gaivotas que por ali se juntam sem pio.



Entretanto, afastado do casal, Tutas abre uma nova cerveja ao mesmo tempo que diz:
- Nunca vi o Salvador tão apanhado.
- O gajo é um pinga-amor do pior, sempre foi assim – desvaloriza Guilherme.
- Eh pá, era para ficarmos aqui 2 semanas e já se passaram 2 meses!
- Tu também, com a cerveja que bebeste nem deste pelo tempo passar.
- Guilherme, olha que aqui tá-se bem…-ri-se- e para o Salvador, tá-se mais que bem!
- Menino Tutas, temos que nos pôr ao largo – insiste o arrais.
- Deixa-os sossegados, Silvestre, faz como quando eu canto o fado: cala-te.






Salvador e Marta acabam por se desprender do longo beijo. Tutas bate palmas:



- Eh, valentes!...



Salvador e Marta riem-se. O arquiteto diz-lhe, fixando com insistência os olhos dela:
- Olha bem, é um dos grandes sonhos da minha vida que se concretiza agora. Desde miúdo que planeei esta viagem. Sempre disso ao Tutas e ao Guilherme que, quando acabássemos os nossos cursos, íamos até a América de barco. O meu herói era o Cristóvão Colombo. Por coincidência ou não, acabei o meu curso ao mesmo tempo que o Guilherme e o Tutas.
- O Tutas é muito engraçado! – diz Marta.





- Eu sabia que no meio deste mar ia encontrar a minha sereia. A médica que curou o meu coração!
- E quem diria que nesse veleiro vinha o meu Salvador…Amo-te Salvador!
- Amo-te Marta!




Beijam-se mais uma vez.


- Já chega de mel, temos que nos por a andar, Salvador – grita Guilherme.


Marta e Salvador não conseguem desprender-se daquele abraço de despedida, como se alguma coisa dentro deles, num pressentimento fundo e escuro, lhes dissesse que ia ser o ultimo. Por isso, os olhos de Marta estão marejados de lágrimas quando fala:



- Voltas? – a voz dela está insegura.



- Volto, claro que volto, para te buscar, para buscar a metade de mim que deixo aqui em Sunlit Tides.


Mais um beijo… Separam-se. Salvador volta para junto dos amigos sob o olhar angustiado de Marta, que tenta a todo o custo evitar as lágrimas.



O veleiro parte e Marta vê, entre lágrimas o seu amor afastar-se.





Olaaa! :')
Hoje tive um tempinho e consegui acabar a atualização e postá-la hoje! Vou tentar pôr outra ainda esta semana, talvez na 4ª! Espero que estejam a gostar de A Filha do Mar! 
Um grande Beijinho e Bom Carnaval! Divirtam-se imenso! 
Riii *




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

*Capitulo 2!*



O veleiro devia permanecer apenas 2 semanas em Sunlit Tides mas acaba por sair no final do verão, 2 meses depois preso pela paixão de Marta e Salvador que vivem uma história de sonho!





No meio daquele paraíso coberto de sol...






Nos verdes prados...





No mar de águas mornas...



....eles beijam-se, abraçam-se, amam-se, fazendo promessas de amor.



Escolheram aquela grande praia como local do seu casamento e imaginaram os seus filhos serem batizados naquela água cristalina do mar, como se ali fosse o paraíso. 


Viveram um amor que ultrapassa os sonhos, as expectativas, e que nada pode extinguir.